Seguidores

sábado, 19 de outubro de 2013

Virar a página, chegar ao ponto de partida!

Não sei bem de quem é a autoria, mas muito se fala à respeito da força do nosso pensamento, e que o universo conspira quando desejamos muito alguma coisa.

Hoje celebro o fim do começo de tantas coisas. E o começo do fim de outras. Hoje, desejo apenas finalizar o que tantas vezes comecei.

www.benditospes.com.br


"Como vórtex de energia, as espirais encontradas em vestígios antigos expressavam um entendimento do cosmos, da energia vibrante, da vida, ou o seu contrário. A espiral é a essência do mistério da vida. Assim como se centra, ela também para, se encontra, se retorce e, então, desce e sobe novamente em graciosas curvas. O tempo se retorce em torno de si mesmo, trazendo os ecos e vibrações enquanto que os caminhos vivos da espiral passam próximos um do outro. A vida corre por estradas sinuosas, os seres se encontram em determinados pontos de suas caminhadas, se entrelaçam, se afastam, partem, retornam às origens. O ponto de partida também é o ponto de chegada trazendo-nos a questão do retornar sempre, reencontrar-se e se renovar.




As espirais também circulam dentro de nós, a energia circula em espiral, é onde a matéria e o espírito mais perfeitamente se encontram, e o tempo, por ele mesmo, não existe. Os nativos lembram as diversidades da vida e dos caminhos, e não compreendem o mundo de forma linear, o seguir em frente em uma única direção como se a vida fosse uma linha reta traçada entre um ponto de início e um de término. O destino é sempre ir além.

O grande desafio de todo ser, por natureza um guerreiro trilhando as estradas das espirais da vida, é essa busca, é o retorno, é a partida, é caminhar em círculos/ciclos assim como caminha a natureza, pois somos parte dela. É fazer girar a roda do tempo, não nos prendendo em nenhum ponto em específico porque, assim, podemos vislumbrar os mais diversos pontos que compõem a espiral."


Sobre as formas espiraladas e circulares, Alce Negro, dos Oglala Sioux coloca o seguinte:

"Tudo que o poder do mundo faz é feito em círculo. O ceú é redondo, e tenho ouvido que a terra é redonda como uma bola, e assim também o são as estrelas. O vento, em sua força máxima, rodopia. Os pássaros fazem seus ninhos em círculos, pois a religião deles é a mesma que a nossa. O sol nasce e desaparece em círculo em sua sucessão, e sempre retornam outra vez ao ponto de partida.

A vida do homem é um círculo, que vai da infância até a infância, e assim acontece com tudo que é movido pela força. Nossas tendas eram redondas como os ninhos das aves, e sempre eram dispostas em círculo, o aro da nação, o ninho de muitos ninhos, onde o Grande Espírito quis que nós chocássemos nossos filhos".

Para os antigos celtas essa é toda a essência do mistério da vida. O circular, o espiralado. O tempo, uma das triplas linhas tão importantes para o imaginário celta, se retorce em torno de si mesmo. Os astecas achavam que certas flores que tinham em seu centro espirais, eram a alegria do mundo, mostrando o ciclo do sol, quando nasce e se põe, as estações, solstícios, ciclos assim como a vida dos homens. Os orientais falam da kundalini, do fluxo de uma energia em espiral, dos redemoinhos energéticos que perambulam nossos corpos.

Tradicionalmente, os ancestrais compreenderam que espirais no sentido horário representavam o nascer, o sol, a vida, o mundo de cima, a transformação pelas experiências exteriores. Para o sentido anti-horário, representavam a lua, a morte, o outro mundo, o mundo de baixo, o mundo dos sonhos e alucinações, intuição, as experiências transformadoras vindas do nosso interior.

Para os hindus, o que no nosso mundo terrestre era no sentido anti-horário, para a esquerda, no mundo de baixo, no outro mundo, correspondia ao sentido horário. Hoje sabe-se que esses simbolismos expressam as funções cerebrais, o lado esquerdo do cérebro regula o lado direito de  nosso corpo, o lado direito regula o lado esquerdo do corpo. Nem bom, nem mal, apenas diversidades que compõe o universo, uma perfeita simbiose, uma perfeita composição de energias.

Se vermos vários locais sagrados dos antepassados, desde o paleolítico, em qualquer parte do mundo, notaremos sempre a compreensão circular e espiralada. A espiral é a energia vital, é a energia em movimento, é a própria jornada.

Este artigo foi encontrado em Terra Mística - Xamanismo
http://www.terramistica.com.br
http://www.terramistica.com.br/index.php?add=Artigos&file=article&sid=146&ch=1

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Podologia faz bem para os pés...e para a alma!

Em nossa segunda intervenção na Casa de Recuperação CRISO, novamente fomos recebidos com o coração aberto de todas aquelas pessoas maravilhosas que minimizam todos os dias o sofrimento de outras que ali são entregues por algumas famílias e, em muitos casos, deixadas ao acaso. Pastor Afonso e sua equipe se esmeram para manter as condições de vida de todos os residentes dentro do limiar do aceitável. NECESSITAM DE AJUDA. DE MUITA AJUDA. E a nossa equipe Márcia & Márcia, dessa vez contando com a preciosa presença da Paulinha, arregaçou as mangas para deixar ali seu contributo.

Clique para ouvir a música enquanto navega no texto e nas fotos.


Dessa vez, nos acomodamos dentro da casa de culto do próprio Centro, pois tiramos a lição da última visita. E, na porta, a placa nos convidava a entrar...

A CHEGADA


Aqui estamos nós, acabadas de chegar, num dia frio, chuvoso e mal-humorado. Mas nada tinha o direito de nos deter!



Júnior, nosso fiel escudeiro, porteiro, mestre de cerimônias. Sempre sorridente e prestativo. Face a tantas adversidades, até parece ironia do destino...


Momento de descontração antes do início dos trabalhos.

Paulinha fazendo o reconhecimento do terreno. E o terreno fazendo reconhecimento dela...

Lindas, minha secretária (a pequena Rayane) e a sua assistente (a grande Mari). 
A quem devemos a honra de nos ter dado mais essa oportunidade.



OS PREPARATIVOS



O material. Dessa vez, somente o indispensável, por que qualquer coisa a mais seria redundante, quando nos deparamos com necessidades tão primárias, tão vitais.

Ainda nos preparativos: Na questão da proteção, todo cuidado é pouco. Improvisamos EPI's a mais, para não nos colocamos em situação de risco face à diversidade de agentes patogênicos que pudéssemos encontrar. E eles estavam um pouco por todo o lado...


Até a burca verde estava dentro dos planos...


Mari, incansável Mari.


...e MÃOS À OBRA!


Paula, pegou alguns casos difíceis... Trabalhou sob uma certa tensãao durante algum 
tempo, mas parece ter feito bons amigos no local ;0)

Rayane observando as podólogas... O que estaria passando por sua cabeça?...
Vislumbrando o amanhã?

O caso mais grave do dia, sendo atendido pela Márcia.

Aqui o momento SPA dos pés. Desta vez sem muitos casos graves.

Aqui o nosso ilustre visitante. Na nossa primeira visita, ele estava muito desconfiado, submeteu-se ao tratamento com alguma relutância. Mas, gostou tanto de podologia que, assim que entramos dentro da casa de culto para montar o circo, lá estava ele, sentado na primeira cadeira, sempre pedindo para ser atendido. Mesmo depois de ter sido atendido. Acabou sendo apelidado de "Relógio Cuco", por que de 15 em 15 minutos se levantava perguntando quando chegaria sua vez...
Aqui a ilustre visita do Pastor Afonso, agradecendo e abençoando nosso trabalho.
E o fim. Muitos risos, muita alegria pela nossa visita. Definitivamente, um dia diferente.
Eram muitos ali. Reunir uma parte do público
expectador numa mesma foto não funcionou. Ainda assim, o resultado foi esse:



Por fim, concluímos nosso trabalho. Foram 2 dias de intervenção para dar conta de muitos pés, alguns menos graves, outros muito graves. Tivemos a triste notícia de que a pessoa que teve o dedo amputado na nossa visita anterior estava hospitalizada, para lhe terminarem de amputar o pé inteiramente. Tudo muito previsível, infelizmente. 
Tudo isso é muito triste. Muito ainda há para se fazer.

Comuniquei ao Pastor Afonso que pretendo, junto com quem se interessar pela causa, fazer um levantamento de meios para dar um apoio para o local. Mantimentos, medicamentos, roupas de cama, material de limpeza e de higiene pessoal. Enfim, vamos ver até onde chega a solidariedade alheia.


A publicação de todo o material fotográfico 
foi previamente autorizada pelos interessados.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Responsabilidade Social!

Tempo de férias, tempo de descansar das atividades oficiais acadêmicas e dedicar um pouco de atenção a coisas para as quais nunca encontramos encaixe em nossas vidas. Eu, Rebeca e Márcia Gorete, junto com a nossa Mari, reunimos esforços e apoio da nossa coordenação, e conseguimos ir prestar um serviço de inestimável importância ao Criso - um centro de reabilitação de toxicodependentes. 
Chegamos com a cara e a coragem, dispostas a desbravar tudo o que encontrássemos e onde a Podologia pudesse trazer um pouco de alívio para aquelas pessoas a quem a felicidade há tanto tempo deu tréguas. 
Nos alegramos com o acolhimento com que fomos recebidas, mas também nos surpreendemos com o estado em que certas coisas podem chegar quando o abandono e o descaso de familiares são a ordem do dia. Mas, cingindo-nos ao que nos concerne, que é o tratamento de podopatias, encontramos de tudo um pouco. Algumas coisas, por ironia do destino, tinham sido temas recentes abordados em aula, como o caso de erisipela bolhosa e de neuropatia de pé diabético com amputação. Mas a realidade, ao vivo, é muito mais cruel que ilustrações de livros. Deixo aqui o nosso testemunho ao som de Louis Armstrong



What a Wonderful World
Clique abaixo para ouvir, enquanto 
navega pelas imagens. Faz sentido...!

 



A EQUIPE
 
Rebeca, Márcia & Márcia

 Mari & Filha, Monik


A PREPARAÇÃO
O espaço era escasso para tudo. Tivemos que improvisar locais de atendimento, com muita limitação de movimento e recursos para nos instalarmos, tendo em conta todos os quesitos importantes para evitar contaminação. Forramos o que pudemos, e nos armamos até os dentes para nos salvaguardarmos...


Sofá de 2 lugares servindo de cadeira dupla de atendimento 

Vestindo a "armadura" de trabalho 

Nossa mesa de apoio improvisada. Aliás TUDO era improvisado


 AS PESSOAS
 Pastor Afonso, Monik, eu e um dos internos
(Publicação autorizada)

Onde há criança, há esperança
(Publicação autorizada)

Não existe nada mais normal do que se aprumar para 
receber visitas.  E que tal fazer isso 4 vezes no mesmo dia?
Foi o caso...!
(Publicação autorizada)

 Um pouco de atenção em um mundo de pessoas 
ostracisadas
(Publicação autorizada)

 Um dia de festa
(Publicação autorizada)


        Um dia diferente no cotidiano dessas pessoas
                                (Publicação autorizada)



Não sei quem estava mais feliz com o resultado.
Aqui era um caso de erisipela bolhosa de um paciente
aterrorizado com a ideia de sentir dor.
(Publicação autorizada)


Primeira intervenção: O Pastor Afonso veio tirar 
a dúvida sobre o que é Podologia. Ficou maravilhado.

Aferindo a PA

 Início dos trabalhos

 ...e tinha coisa para fazer que não acabava mais...!

 Enfaixamento de ferida

Rebeca iniciando novo procedimento

Tivemos que nos adaptar a todo tipo de "incomodidades". 
Mas o que é isso perto do prazer de ver o resultado...?!

Momento "endorfina": Esse voluntário 
estava literalmente chorando. De rir com tantas cócegas!

Paciente com quadro de agravamento galopante de neuropatia. 
Mal conseguia levantar a perna até a altura do meu
colo. A minha posição anatômica dessa intervenção me custou
3 dias de dores lombares intensas...

Pela aparência do chalé, mais parecia uma colônia de férias. 
Em frente a esse apartamento tem uma piscina inativada. Sobre ela foi montado 
um palanque, onde foi colocada a televisão coletiva.

 
A dinâmica "um por todos, todos por um"

 
As dores lombares me fizeram lembrar
por muitos dias de como fazer caridade
pode ser arrebatador!


AS PODOPATIAS
E os pés se revesavam, uns atrás dos outros. Aqui tínhamos
um caso grave de Onicogrifose, e outro de Erisipela Bolhosa

...uns mais graves...

 ...outros à caminho...

E nós, tentando salvar o que era possível

 ...quando era possível salvar o que está por se perder.
Esse paciente diabético foi amputado, mas o centro carece
de meios para tratar do pós-operatório. ISSO É MUITO TRISTE!

A pergunta é clara: O grande desafio da Podologia é o de 
saber quanto tempo demorará para que toda a classe de Podólogos
entenda o mundo de complexidades que está à sua espera lá fora. 


Pudemos atender cerca cerca de 15 pessoas, num periodo integral e com muita escassez de infraestrutura.

Temos agendado um novo dia antes do início das aulas para retornar.
Deus nos ajude.

Site do Centro Social CRISO:
http://cr-social.zip.net